segunda-feira, 30 de abril de 2012

Ciência Viva à Conversa

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De uma parceria entre os Centros de Ciência Viva do Algarve e a Rádio Universitária da Algarve surge um programa chamado Ciência à Conversa, onde Luís Rodrigues (paleontólogo, divulgador de ciência e coordenador nos centros de ciência viva do Algarve) troca algumas impressões com cientistas e investigadores convidados. Nestes programas são abordadas as mais variadas temáticas com o objectivo de fazer chegar, em primeira mão aos algarvios e através do podcast a todo mundo, o que se têm feito pela ciência em Portugal. As ultimas duas edições foram sobre Anfíbios e Répteis, a diversidade existente no nosso país e as ameaças à sua conservação. Ficam aqui o links do podcast dessas conversas para que as possam ouvir!
+Ciência Viva a Conversa |19 abril 2012| Répteis e Anfíbios
Ciência Viva a Conversa |26 abril 2012| Répteis e Anfíbios
Uma notícia  http://anfibioserepteis.blogspot.pt/

Curso de Introdução aos Anfíbios e Répteis de Portugal

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Não percas no próximo Sábado o Curso de Introdução aos Anfíbios e Répteis de Portugal organizado pela Associação PATO. O Paúl da Tornada é um pequena zona húmida protegida nas imediações das Caldas da Rainha que abriga uma grande diversidade de anfíbios e de répteis, a associação PATO convida-te a a participares nesta actividade para que possas aprender um pouco mais sobre estes animais! Aparece!

sábado, 28 de abril de 2012

Roselha-grande (Cistus albidus)



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Só podemos admirar aquilo que conhecemos. A roselha-grande (Cistus albidus) foi para mim uma descoberta relativamente recente.
No Douro, onde habito, foi junto à Barragem de Bagaúste que pela primeira vez tive contacto com esta planta. Num mortório (designação local dada aos terrenos ocupados por matos mediterrânicos autóctones, após cessar o cultivo da vinha), lá estava ela. Provocante, vestida de cor-de-rosa, como poderia eu não reparar na roselha? Posteriormente encontrei-a noutros locais do Douro, sendo relativamente abundante e facilmente identificável na primavera, pela exuberância das suas flores.
No meu jardim autóctone tenho várias cistáceas. Com a roselha-grande (as imagens são do meu jardim), enriqueci a minha coleção.
Parece que não sou o único a apreciar as cistáceas. Infelizmente contudo, dão-lhes mais valor
em países onde não ocorrem espontaneamente, sendo frequentes por exemplo nos jardins londrinos.
Como acontece com as outras cistáceas, as flores da roselha-grande são muito efêmeras – duram apenas um único dia. Contudo, como a planta é muito prolífera em flores, sucedem-se em catapulta, permanecendo a roselha florida durante várias semanas.

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Nome vulgar: Roselha; Roselha-grande; Roselha-maior.
Família botânica: Cistaceae.
Nome científico: Cistus albidus
Distribuição Geral: Oeste da Região Mediterrânica.
Distribuição em Portugal: Douro e depressões anexas; Região do Oeste; Centro interior; Sul interior.
Habitat: Matos, matagais e terrenos incultos.
Floração: abril a junho.
Características: Perenifólia. Arbusto muito ramificado que atinge 1 m de altura, de cor verde pálida prateada, aveludada. As suas flores são cor-de-rosa, daí o seu nome, com 4 a 6 cm de diâmetro. Como acontece com as restantes cistáceas, o seu fruto é uma cápsula que encerra um grande número de sementes. Cresce em qualquer tipo de solo mas prefere os solos calcícolas. É muito ornamental e pode ser usada em jardins mediterrânicos, rústicos e
rochosos.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Florescem as minhas videiras


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Já estão em flor as minhas videiras.
Tendo por pano de fundo a parede da minha casa, a jovem videira da imagem será parte integrante de uma futura ramada.
As ramadas ou latadas estão enraizadas na paisagem nortenha.
Não só pelo ensombramento mas também por efeito da evapotranspiração, pretendo que a minha ramada alivie a canícula duriense no pino do verão.
A história da cultura da vinha no Alto Douro é muito antiga. Reporta à pré-história, como atesta a descoberta de vestígios de grainhas de “Vitis vinifera” na estação arqueológica do Buraco da Pala, perto de Mirandela, datadas do século XX a.C.!
Rafael Carvalho / abr2011

domingo, 22 de abril de 2012

Dia da Terra

Bandeira não-oficial do Dia da Terra: O Planeta sobre um fundo azul.
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O Dia da Terra foi criado pelo senador americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970.
Tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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A criação do meu jardim autóctone, que se pretende biodiverso, pretende mitigar a minha existência.
Hoje, Dia da Terra, ao acordar fui presenteado com um bando de verdilhões. Depenicavam as flores e as sementes dos meus alecrins.

sábado, 21 de abril de 2012

Explodiram os rosmaninhos do meu jardim…



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Explodiram (de cor) os rosmaninhos do meu jardim. Plantados há dois anos, revelam agora o seu intenso vigor.
A custo zero, transplantei-os da valeta diretamente para o jardim.
Quanto a manutenção, nada de água, apenas uma poda lá para o outono. A poda é indispensável na conservação da sua exuberância.
Nesta altura do ano é grande o frenesim em torno dos rosmaninhos. Abelhas, abelhões e outros insetos úteis acotovelam-se. Disputam o néctar entre si.
No meio dos rosmaninhos (Lavandula stoechas) plantei sanganhos (Cistus psilosepalus). Brevemente também estes me presentearão com as suas alvas flores. Adquiridos na berma, custaram o mesmo que os rosmaninhos.
Rafael Carvalho / abr2012

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Florescem os meus tremoceiros-bravos


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Já espreitam as flores dos meus tremoceiros-bravos (Lupinus angustifolius). Esta espécie autóctone ocorre sobretudo na faixa interior do país.
Tremoceiros bravos não significa propriamente que mordam. São bravos por oposição aos domesticados mansos, os tais cujo fruto - o tremoço, se come acompanhado de uma cervejinha.
Vistos de cima os tremoceiros-bravos dão uma bela fotografia!
Rafael Carvalho / abr2012

domingo, 15 de abril de 2012

Curso de Introdução aos Anfíbios e Répteis de Estremoz

 

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O Centro de Ciência Viva de Estremoz convida-o a participar no próximo sábado dia 21 de Abril no Curso de Introdução aos Anfíbios e Répteis de Estremoz. Depois se uma sessão teórica nas instalações do Centro de Ciência Viva vamos partir à aventura em duas saídas de campo uma diurna e outra nocturna! Para quem não mora perto de Estremoz o Centro de Ciência Viva propõe que fiquem alojados no Convento das Maltesas onde as dormidas custam entre 5 e 12,5 euros com acesso a cozinha. Mais informações em
www.estremoz.cienciaviva.pt
http://anfibioserepteis.blogspot.pt

quinta-feira, 12 de abril de 2012

III Congresso Ibérico do Lobo

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A Associação Galega de Custódia do Território (www.custodiadoterritorio.org) em colaboração com o Grupo Lobo, Portugal (http://lobo.fc.ul.pt) estão a organizar o III Congresso Ibérico do Lobo (realizado anteriormente nos anos de 1997 e de 2005). Os temas principais do Congresso serão a ecologia, gestão e conservação das populações de lobo ibérico (Canis lupus signatus).
Convidam-se investigadores, representantes de entidades governamentais ou de organizações sem fins lucrativos e outros interessados na ecologia e conservação deste carismático carnívoro, a participar e contribuir com ideias,
opiniões e resultados de investigações recentes.
Mais informações em http://lobo.fc.ul.pt/ e http://www.iiicongresolobo.org/.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A sebe do meu jardim (III)


(clique na imagem para ampliar)
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Continuo mostrando aspetos da sebe do meu jardim. Pela primeira vez surgem o rosmaninho e o zimbro oxícedro.
O rosmaninho é frequente na região. Já quanto ao oxícedro, existem na zona vários exemplares selvagens cuja dimensão, tendo em conta os meus recursos – pá, picareta e enxada, não permite o seu transplante.

Desde sempre sonhei ter um zimbro no meu jardim, arbusto emblemático no Douro. Resolvi o problema trazendo dois pequenos exemplares de Valpaços, aquando da visita a casa de um amigo.
Para além de garantir a preservação da Natureza, as sebes naturais ajudam a manter as características culturais da paisagem.
Rafael Carvalho / abr2012

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A sebe do meu jardim (II)



(clique na imagem para ampliar)
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Na sequência da floração dos meus abrunheiros-bravos, mostro as presentes imagens.
Os arbustos à direita já aqui tinham aparecido num post anterior.
O meu terreno tem duas frentes para duas estradas, cada frente com perto de uma centena de metros de extensão. De forma gratuita, embora com muita dedicação e trabalho, plantei nas duas frentes uma sebe com arbustos autóctones - várias dezenas de espécies.
O uso de arbustos autóctones permite uma maior interação com a fauna local, por lhes fornecer não só abrigo como também alimento.
Uma sebe formada por espécimes vegetais autóctones é interessante em qualquer altura do ano: as diferentes espécies não florescem todas ao mesmo tempo; as flores presentes têm cores e formas diversas; umas plantas são de folha caduca, enquanto outras possuem folha persistente; no outono surgem os frutos;….
Como as plantas autóctones estão perfeitamente adaptadas às condições locais, não carecem de cuidados especiais na sua manutenção. Após o primeiro ano dispensam a rega.
Os arbustos autóctones, obtive-os no monte a custo “zero”.
Espero que o meu jardim tenha um papel ativo na manutenção da biodiversidade local.
Rafael Carvalho / abr2012

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Serra da Boneca em Flor






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Sobranceira ao rio Douro, a Serra da Boneca localiza-se em Penafiel. Andei por lá este fim de semana.
Fiquei completamente alucinado com a paleta de cores com que a serra se encontrava pintada.
Apesar de variada a paleta, o predomínio de cor repartiu-se contudo entre o dourado da carqueja e o rosado da urze.
Rafael Carvalho / abr2012

domingo, 1 de abril de 2012

Douro Internacional – património natural e humano


Laranjais junto ao Douro - Mazouco
 


Cavalo de Mazouco – Freixo de Espada à Cinta
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Como residente no Douro, na região vulgarmente denominada por “Cima-Corgo”, era para mim uma grande falha não conhecer o Douro Internacional. Filo de forma mais efetiva no final do verão passado. Repeti a experiência nesta primavera. Repetirei a experiência no próximo verão.
É um consolo apreciar a natureza, nesta região permanentemente ao rubro.
Os espaços bravios alternam com os cultivados. O mosaico daí resultante traduz-se em elevada produtividade em termos de biodiversidade.
É agradável apreciar as culturas tradicionais – amendoais e olivais. Alguns laranjais são visíveis junto ao Douro. Nos espaços bravios, sobreiros, carvalhos e azinheiras são reis entre zimbros, cornalheiras, zambujeiros, estevas, giestas e afins.
O ecossistema da zona está saudável e prova disso é, sem para que para isso tenha feito qualquer tipo de esforço, a quantidade de bicharada que vi num só fim-de-semana – grifos, abutres do Egipto, bandos de perdizes e pegas-azuis, uma raposa, …
Os velhos pombais e os seus pombos contribuem para alimentar as rapinas. O homem dá uma mãozinha às aves necrófagas criando alimentadores artificiais.
Entre escarpas, o Douro internacional forma verdadeiros canyons em alguns dos seus troços. O isolamento daí resultante constitui um verdadeiro paraíso para a vida selvagem.
O paraíso é extensível aos rios Côa e Águeda, afluentes dos Douro. No rio Côa localiza-se aliás a Faia Brava, a primeira Área Protegida Privada de Portugal, propriedade da Associação Transumância e Natureza.
O homem desde à muito se fixou na zona. Prova disso são as Gravuras Rupestres do Côa, património da humanidade. Mesmo junto ao Douro, no concelho de Freixo de Espada à Cinta, encontra-se o Cavalo do Mazouco, a primeira gravura paleolítica ao ar livre descoberta na Europa. Confesso que me emocionei perante ela e a sensibilidade do homem que há 10.000 anos a gravou. A gravura encontra-se totalmente desprotegida num terreno particular. A falta de proteção permite uma maior aproximação, a gravura pode mais facilmente ser sentida. Mais frágil é contudo a sua segurança.
Rafael Carvalho – abril/2012