sexta-feira, 8 de junho de 2012

Trepadeiras do meu jardim...






 
 


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Plantas e pessoas convivem há muito nas casas portuguesas, não só no interior mas também no exterior: ramadas/latadas de videira; roseiras de trepar; buganvílias; vinhas virgens e heras; … . A minha casa não poderia ser exceção.
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No meu jardim autóctone e como trepadeira para alegrar o meu portão de entrada, escolhi uma madressilva (Lonicera sp.). Trata-se de uma planta de belas e cheirosas flores, bastante abundante nos matos mediterrânicos durienses, onde a fui buscar. À flor da madressilva sucedem os rubros frutos, também eles ornamentais – uma alegria para o estômago da passarada!
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Na base da madressilva e usando o seu tronco como tutor, coloquei uma roseira brava (Rosa canina), também ela adquirida no viveiro do monte.
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A roseira brava origina rosas muito efêmeras, já que as suas pétalas se mantêm abertas por um único dia. Porém, como é muito produtiva, mantem-se florida durante bastante tempo. Ao contrário da madressilva, os frutos da rosa canina, também ornamentais, são comestíveis para a espécie humana.
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Quando refiro a origem das minhas plantas e o seu preço de aquisição (0,00€), causo alguma perplexidade junto de quem me ouve. Quem anda nos montes à procura de plantas para colocar no jardim certamente não estará bom da cabeça! Será que nos montes existem mesmo plantas capazes de alegrar uma casa, e ainda por cima a custo zero? Quando a esmola é muita o pobre desconfia…
Rafael Carvalho / jun2012





3 comentários:

  1. Muitos parabéns! O seu jardim dá realmente uma grande visita guiada sobre vegetação nativa!

    Já agora, tenho curiosidade... Como sei que tem um charco, gostaria de saber se está a pensar ter, ou se o seu charco tem condições (tamanho, localização) de ter alguma espécie de anfíbio aí residente. Pergunto isto, porque no outro dia vi o Biosfera que "falava" sobre a criação de charcos por particulares para preservar essas espécies tão ameaçadas. Só mesmo curiosidade. :)

    Continue!

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  2. Caro Rúben,
    a criação de um charco foi para mim a concretização de um sonho de criança. A sua construção foi pensada visando albergar o máximo de seres vivos, com os anfíbios à cabeça.
    São várias as rãs verdes que encontram refúgio no meu lago. É indiscritível a sensação de as ouvir coaxar, verdadeira melodia para os meus ouvidos. O meu charco também alberga alguns tritões marmoreados.
    O meu lago ser refúgio de anfíbios, não me causa qualquer surpresa. Surpresa foi ontem ter visto no meu lago uma cobra de água, ser que se encontra um patamar acima na cadeia alimentar! A cobra de água é um ser completamente inofensivo, para nós humanos. A sua presença só é possível devido à existência de anfíbios, suas presas. Este acontecimento é para mim a cereja no topo do bolo, sinal de êxito deste meu empreendimento.
    Anfíbios, répteis, várias espécies de insetos, com destaque para as libelinhas. Também as aves matam a sede no meu lago. Quanto a mamíferos, para já só lá vi beber o meu gato...
    Recomendo uma visita a http://www.charcoscomvida.org/
    Cumprimentos. Volte sempre.

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  3. Fantástico! E é muito interessante o site/projecto dos charcos.
    Obrigado

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