segunda-feira, 2 de julho de 2012

Plantio de um charco – classificação das plantas


Foto da autoria do próprio no próprio charco
+
Um charco quer-se biodiverso. Quanto mais espécies vegetais em equilíbrio tiver um charco, mais rica será a vida animal que lhe estará associada.
+
As plantas aquáticas alegram-nos com a sua beleza, fornecem oxigénio, refúgio e local de desova para muitos animais. Concorrem ainda com as indesejáveis algas.
+
Na escolha das plantas aquáticas dever-se-á dar prioridade às autóctones, mais adequadas ao nosso clima e à nossa paisagem. As plantas autóctones mais facilmente interagem com a fauna local. Se forem colhidas diretamente na natureza, num ambiente aquático próximo, são adquiridas a custo zero, evitam a contaminação genética e a introdução de espécies invasoras.
+
Segue-se uma possível classificação das plantas, segundo a posição que ocupam no charco relativamente à margem ou ao nível da água. Esta classificação não é universal e o mesmo termo pode ter diferentes significados consoante a fonte.
+
Plantas flutuantes: são as plantas que flutuam na superfície da água, não possuindo raízes fixas a qualquer substrato. Preferem águas calmas e necessitam de sol pleno. Oferecem sombra para os seres submersos.
Exemplo: lentilha-de-água.
Plantas de folhagem flutuante: são plantas que fixam as raízes ao solo. As suas folhas, no início submersas, emergem e ficam em contato com a atmosfera. A sua floração é aérea.
Exemplo: nenúfar.
Plantas submersas: são plantas que fixas no solo desenvolvem a sua folhagem dentro de água. As plantas submersas contribuem para a oxigenação da água e evitam o desenvolvimento de algas indesejáveis que gostam de águas pouco oxigenadas. Muito apreciadas pela fauna aquática, as plantas submersas servem de refúgio e local de desova para diversos animais.
Exemplo: erva-do-peixe-dourado.
Plantas emergentes / plantas marginais: as plantas marginais preferem os locais rasos, como as margens do charco. Permanecem com as raízes e a primeira porção do caule submersos. As folhas desenvolvem-se fora de água. Oferecem excelente abrigo aos anfíbios, insetos e outros animais aquáticos.
Exemplo: lírio-amarelo-dos-pântanos.
+
As plantas flutuantes e de folhagem flutuante devem ser controladas, por forma a manter livre 2/3 ou mesmo ¾ da superfície da água. Também as plantas emergentes e as plantas submersas poderão ser muito colonizadoras, havendo necessidade de, nesse caso, proceder a frequentes mondas.
Rafael Carvalho / jun2012

2 comentários:

  1. O lírio-amarelo-dos pantanos, é uma daquelas plantas que é quase obrigatória para quem faz um lago..não só dá flores bonitas, como tem abundantes folhagens, o que é sempre necessário...alem disso cresce rápido. tenho uns pés la no meu jardim, mas crescem dentro de um balde velho que esta enterrado na terra, assim simula as condições de um pântano. tá a crescer bem, diria que bem demais:)

    ResponderEliminar
  2. James,
    na falta de um charco, para albergar os lírios um "Balde velho enterrado na terra" parece-me ser uma boa ideia!
    Cumprimentos.

    ResponderEliminar