sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Sementes de Piorno

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Embora a uma velocidade inferior à inicial, a minha coleção de autóctones continua a crescer.
Em Armamar, onde habito, são poucos os locais onde o piorno (Retama sphaerocarpa) é visível. Conheço aqui alguns exemplares junto ao rio Douro, em local apenas acessível de barco.
No fim-de-semana passado estive em Vila Nova de Foz Côa, onde esta espécie vegetal está bem implantada. Aproveitei para de lá trazer umas sementes – os exemplares daí resultantes irão enriquecer a minha coleção de autóctones.
Acho bastante curiosos os frutos esféricos do piorno – encerram no seu interior uma única semente que, quando madura, se encontra solta no seu interior. Cada fruto funciona como um pequeno guizo. Um ramo de piorno ao ser abanado, emite um conjunto de sons que me lembram o chocalhar de uma cobra-cascavel.
Rafael Carvalho / set2014

5 comentários:

  1. Assim de repente o piorno parece uma giesta, sendo que ambas pertencem à família Fabaceae. Julgava eu desconhecer este arbusto (o nome não me dizia nada), mas afinal, depois de pesquisar na net, desconfio que o tenho por lá, num dos extremos dos Jardins do Xisto. Dentro de dias vou tentar identificar e não esquecerei o chocalho da cascavel.

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  2. Xisto,
    o piorno é realmente muito parecido com uma giesta.
    Não sendo frequente por aqui, desconhecia inicialmente o seu nome comum, pelo que não foi fácil identificá-lo. Curioso não deixa de ser o facto de cada semente vir embalada numa única cápsula, o que não será comum entre as leguminosas, onde as sementes partilham o espaço no interior de uma vagem. Inicialmente cheguei pois a questionar-me se se trataria de uma leguminosa.
    Cumprimentos.

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    1. Imaginava eu, Rafael, que depois de tudo o que vi e li sobre o piorno, a identificação da tal giesta diferente ia ser "favas contadas". Mas nem o som do chocalho da cascavel me valeu. Continuo na duvida, sobretudo porque as cápsulas das sementes são muito pequenas e mirradas.

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  3. Ora bolas!
    Bons trabalhos na identificação da dita.
    Relativamente à identificação das diferentes espécies de árvores e arbustos da nossa flora, tive uma ajuda preciosa - a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, aqui perto, tem um dos maiores jardins botânicos da Europa. Possui várias coleções botânicas onde também figuram as nossas autóctones, todas devidamente identificadas.
    Um abraço.

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    1. Infelizmente o jardim botânico da UTAD fica-me um bocadito fora de mão, Em alternativa visito o site. Mas é verdade, nada substitui a identificação "ao vivo". Obrigado, abraço.

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