quinta-feira, 29 de março de 2012

Papoila-das-searas, uma alegre visão...

+
Papoila-das-searas (Papaver rhoeas), uma visão alegre também em terrenos incultos e em pousio. Um verdadeiro contentamento para quem aprecia a vegetação que margina as estradas e caminhos.
Rafael Carvalho / mar2012

segunda-feira, 26 de março de 2012

Prímula (Primula acaulis)


+
Sob uma mancha de castanheiros, ainda sem folhas, entre ervas-besteiras, gilbardeiras, heras e fetos de diversas espécies, encontrei em Armamar dezenas de pés de prímulas selvagens. O local, bastante húmido, ladeia uma linha de água.
Esta diversidade vegetal aparenta prolongar-se em cascata linha de água abaixo.
A prímula ocorre espontaneamente no Norte de Portugal, existindo mais a Sul nalguns núcleos dispersos. Confesso que só a presenciei em três locais – Campeã (Serra do Alvão), Baião e Armamar.
Tenho alguns pés de prímula no meu jardim autóctone. Com variadas colorações, existem diversos cultivares de prímula usados em jardinagem.
A prímula é uma das primeiras plantas a florescer, daí o seu nome.

Para ver um pequeno vídeo de Carol Klein sobre as prímulas, clique aqui.

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Nome vulgar: Barral; Copinhos-de-leite; Flor-da-doutrina; Pão-de-leite; Pão-e-queijo; Páscoas; Primavera; Primaveras; Prímula; Queijadinho; Rosas-de-Páscoa.
Família botânica: Primulaceae.
Nome científico: Primula acaulis
Distribuição Geral: Sul e Oeste da Europa, Região Mediterrânica e Próximo Oriente.
Distribuição em Portugal: Norte; alguns núcleos dispersos do Centro e Sul.
Habitat: Matos, relvados húmidos e ripícola.
Floração: março a maio.
Características: Trata-se duma planta herbácea perene. As suas folhas, enrugadas, dispõem-se em roseta basal. As flores com cinco pétalas, amarelas, possuem um pequeno pedúnculo inserido diretamente na roseta foliar.
Rafael Carvalho / mar2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

+
Voltei à cascata a que me referia num dos meus últimos  posts de janeiro. As ervas-besteiras (Helleborus foetidus) apresentam agora os seus botões florais completamente abertos.
A fotografia que agora apresento anexei-a à mensagem anterior.
Confirma-se, as flores são realmente verdes, coisa rara na natureza.
Rafael Carvalho / mar2012


quarta-feira, 21 de março de 2012

Floriram as minhas amendoeiras!



Foto: Amendoeira - Prunus dulcis 
Este ano, não sei se por ter havido mais frio, as minhas amendoeiras, aqui no Douro, só agora floriram!
O nosso país é muito diverso e sempre disso tive consciência – dicotomia Norte-Sul / dicotomia Este-Oeste. Começo agora a aperceber-me que as diferenças são ainda maiores do que eu pensava. Um blogue amigo do Sul – Pedras Plantas e Companhia – já anunciava em meados de Janeiro, no Algarve, as primeiras flores de amendoeira. Confira clicando aqui.
Rafael Carvalho / mar2012

domingo, 18 de março de 2012

terça-feira, 13 de março de 2012

Jardim em Flor (I)


+
Os gomos da minha aveleira (Corylus avellana) mostram vontade de desabrochar. Com deliciosos frutos - as avelãs, parece que este arbusto ocorre naturalmente no noroeste e centro de Portugal. Confesso que, em meio natural, nunca tive oportunidade de me cruzar com nenhuma.

A minha aveleira é ainda uma criança - frutificou pela primeira vez no ano passado, deu-me meia dúzia de deliciosas avelãs.

Também no ano passado tinha-me apercebido dos amentilhos pendentes, com cerca de 4 cm de comprimento. Só este ano me apercebi da presença de umas minúsculas flores vermelhas. Parece que a espécie é monóica, com flores masculinas e femininas em separado. A floração dá-se de janeiro a março, encontrando-se ambas as flores nos mesmos ramos. As flores masculinas são os ditos amentilhos. As minorcas flores femininas (têm apenas alguns milímetros de diâmetro) encontram-se agrupadas numa gema escamosa verde, de onde sobressaem os 7 a 9 estiletes vermelhos.

+

+
A última imagem refere-se a uma prímula (Primula vulgaris), uma das primeiras plantas a florescer na primavera, daí o seu nome. Esta e as suas franzinas irmãs, trouxe-as da Campeã, uma aldeola da Serra do Alvão. Encontrei-as frondosas à sombra de um castanheiro. No meu jardim, à sombra de um carvalho (Quercus faginea), tentei dar-lhes um ambiente semelhante. Falta-lhes contudo a humidade, daí estarem pouco desenvolvidas.
As primulas ocorrem expontaneamente no Norte do país.
Rafael Carvalho / mar2012

segunda-feira, 12 de março de 2012

À espera de que o rosmaninho floresça...


+
As colmeias já se encontram alinhadas, à espera de que o rosmaninho floresça.
Rosmaninho, alecrim..., são várias as espécies autóctones capazes de embriagar as abelhas com o odor do seu intenso néctar.
Rafael Carvalho / mar2012

quarta-feira, 7 de março de 2012

A sebe do meu jardim (I)



+
O meu jardim começa a florir.
À esquerda um tojo facilmente identificável pela sua intensa cor. À direita um alecrim, também em flor. Quer um quer outro são visitados por abelhões, insetos que estão na linha da frente entre os primeiros a despontar após o frio invernal.
Ainda vai nu o marmeleiro. O rei não está só!
O medronheiro já possui os frutos com os quais presenteará a passarada no próximo inverno.
Quanto à giesta e à roselha, só mais tarde irão florescer. E ainda bem, para que haja sempre motivo para uma visita.
Rafael Carvalho / mar2012

sábado, 3 de março de 2012

Plantei mais um azevinho no meu jardim


+
Plantei mais um azevinho no meu jardim. Já possuía três pés, dois meninos e uma menina.
Os meninos resultaram de uma sementeira que em tempos fiz. Ora como todos sabemos, apesar de indispensáveis à reprodução sexuada, os rapazes não frutificam.
A fêmea que até agora possuía, comprei-a num viveiro de rua. Frutos dá e em abundância mas o diabo da planta não se desenvolve! Julgo tratar-se de um cultivar que valoriza a proliferação de bagas em detrimento do porte.
Ora o pé que agora plantei é um rebento direto de um azevinho fêmea descendente de espécimes selvagens autóctones. A improvisada, robusta, fértil e altiva mãe encantou-me. Geneticamente tenho o que pretendia. Se as condições ambientais forem favoráveis, daqui a alguns anos terei uma prenda de Natal diferente.
Apesar dos constantes mimos, não quero correr riscos. E se o meu novo pé não vingar?
+
Prevendo essa eventualidade envasei outros dois pés, gémeos do primeiro, clones da mãe.
O vaso da esquerda contém um pé enraizado. O vaso da direita é uma simples estaca – já agora quero ver se funciona. Imitando o que se passa na natureza, vou mantê-los afastados da luz direta.
Rafael Carvalho / mar2012