quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Castanheiro de Beira Valente – Mta da Beira




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A discussão em torno da origem das plantas, nem sempre é pacífica.
Algumas plantas, como o pinheiro manso, são consensualmente designadas de autóctones. Já o pinheiro bravo e o pinheiro-silvestre geram alguma controvérsia. Há quem defenda que o pinheiro bravo seja autóctone, embora a escala da sua atual implantação seja coisa recente. No Gerês existem alguns núcleos de pinheiro-silvestre, atualmente considerados como sendo autóctones.
O choupo-branco é por alguns considerado nativo, enquanto outros o designam como sendo uma espécie exótica invasora.
Já a videira, há muito é considerada como tendo sido introduzida pelos romanos. Porém, aqui no Douro, em escavações arqueológicas foram encontradas grainhas de videira com 10.000 anos, muito anteriores à romanização!
Considera-se a região da Anatólia – Turquia, como sendo o berço do castanheiro, introduzido na Península Ibérica no I milénio a.C.. No entanto, na Serra da Estrela, foram encontrados em turfeiras pólenes de castanheiro, com 8.000 anos.
Muito mais exemplos de controvérsia biogeográfica poderiam aqui ser dados.
Indiferente a toda esta controvérsia, está o Castanheiro de Beira-Valente, o magnífico exemplar multicentenário da imagem. O seu tronco possui 13,30 metros de perímetro à altura do peito.
Como trabalho da disciplina de Educação Visual, o meu filho foi incumbido de registar fotograficamente, durante o presente ano letivo, o pulsar das estações em torno de uma árvore à sua escolha. Optou pelo Castanheiro de Beira Valente – gabo-lhe a escolha. Com a devida autorização do autor, pretendo aqui mostrar o trabalho final.
Rafael Carvalho / out2014

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