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A presente fotografia, obtive-a no meu charco. O seu conteúdo enche-me de orgulho.
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A construção de um charco, concretização de um sonho de criança, permitiu fomentar a biodiversidade no meu jardim. Entre plantas e aninais, pretendia albergar em 36 metros quadrados o maior número possível de seres vivos, uma forma diferente de comemorar o então ano internacional da biodiversidade.
Um charco no jardim, funciona como uma maternidade para alguma da vida selvagem. Plantas aquáticas, animais como os anfíbios e as libelinhas são totalmente dependentes da água para poderem sobreviver. Estes animais retribuem controlando pragas agrícolas. Não é de desprezar ainda o valor paisagístico de um charco, bem como o prazer que ele pode oferecer ao permitir a observação de aves, insetos e anfíbios.
A construção de um charco, concretização de um sonho de criança, permitiu fomentar a biodiversidade no meu jardim. Entre plantas e aninais, pretendia albergar em 36 metros quadrados o maior número possível de seres vivos, uma forma diferente de comemorar o então ano internacional da biodiversidade.
Um charco no jardim, funciona como uma maternidade para alguma da vida selvagem. Plantas aquáticas, animais como os anfíbios e as libelinhas são totalmente dependentes da água para poderem sobreviver. Estes animais retribuem controlando pragas agrícolas. Não é de desprezar ainda o valor paisagístico de um charco, bem como o prazer que ele pode oferecer ao permitir a observação de aves, insetos e anfíbios.
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Na base da cadeia alimentar estão as plantas. As plantas servem ainda de refúgio a muitos animais bem como local de postura dos seus ovos. Espadana-de-água, tábua, junco, rabaça, caniço, lírio-amarelo-dos-pântanos, carriço-dependurado, pulgueira, bunho, salgueirinha, colher, celga, nenúfar, erva-do-peixe-dourado, ranúnculo aquático, lentilha-de-água,… – foi por aí que eu comecei. Como em qualquer outro jardim, um jardim aquático nunca está terminado. Das expedições que ainda hoje faço aos cursos de água da região continuo a trazer plantas, tendo o cuidado de não transportar comigo plantas exóticas invasoras.
Na base da cadeia alimentar estão as plantas. As plantas servem ainda de refúgio a muitos animais bem como local de postura dos seus ovos. Espadana-de-água, tábua, junco, rabaça, caniço, lírio-amarelo-dos-pântanos, carriço-dependurado, pulgueira, bunho, salgueirinha, colher, celga, nenúfar, erva-do-peixe-dourado, ranúnculo aquático, lentilha-de-água,… – foi por aí que eu comecei. Como em qualquer outro jardim, um jardim aquático nunca está terminado. Das expedições que ainda hoje faço aos cursos de água da região continuo a trazer plantas, tendo o cuidado de não transportar comigo plantas exóticas invasoras.
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Quando terminei a construção do meu charco, derramei no seu interior um balde de lodo, verdadeiro fermento de vida, trazido de um outro lago. Foi a forma que encontrei para o ativar. O lodo contém microrganismos, invertebrados e seus ovos, indispensáveis ao equilíbrio do ecossistema.
Os primeiros insetos a aparecerem no meu charco foram os barqueiros e os alfaiates. Os últimos acabaram destronados pelos primeiros. Também já por lá vi escorpiões-de-água e escaravelhos-de-água. São diversas as espécies de libelinhas que sobrevoam o meu charco, com destaque para o imperador-azul, admirável helicóptero no mundo dos insetos.
Quando terminei a construção do meu charco, derramei no seu interior um balde de lodo, verdadeiro fermento de vida, trazido de um outro lago. Foi a forma que encontrei para o ativar. O lodo contém microrganismos, invertebrados e seus ovos, indispensáveis ao equilíbrio do ecossistema.
Os primeiros insetos a aparecerem no meu charco foram os barqueiros e os alfaiates. Os últimos acabaram destronados pelos primeiros. Também já por lá vi escorpiões-de-água e escaravelhos-de-água. São diversas as espécies de libelinhas que sobrevoam o meu charco, com destaque para o imperador-azul, admirável helicóptero no mundo dos insetos.
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Pastando no meu lago, são visíveis os caracóis aquáticos. Também já por lá detetei sanguessugas.
Pastando no meu lago, são visíveis os caracóis aquáticos. Também já por lá detetei sanguessugas.
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Com a base da cadeia alimentar estabelecida, não demoraram a surgir os anfíbios. Primeiro a rã-verde, depois o tritão marmoreado. Já tentei introduzir a rã ibérica, presente na minha região, mas não tive sucesso. É indiscritível a sensação de ouvir coaxar as rãs, especialmente nas noites quentes, verdadeira melodia para os meus ouvidos.
Com a base da cadeia alimentar estabelecida, não demoraram a surgir os anfíbios. Primeiro a rã-verde, depois o tritão marmoreado. Já tentei introduzir a rã ibérica, presente na minha região, mas não tive sucesso. É indiscritível a sensação de ouvir coaxar as rãs, especialmente nas noites quentes, verdadeira melodia para os meus ouvidos.
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Surpresa foi no outro dia ter visto no meu charco uma cobra de água, ser que, relativamente aos anfíbios, se encontra um patamar acima na cadeia alimentar! A cobra de água é um ser completamente inofensivo para nós humanos. A sua presença só é possível devido à existência de anfíbios, suas presas. Este acontecimento é para mim a cereja no topo do bolo, sinal de êxito deste meu empreendimento.
Surpresa foi no outro dia ter visto no meu charco uma cobra de água, ser que, relativamente aos anfíbios, se encontra um patamar acima na cadeia alimentar! A cobra de água é um ser completamente inofensivo para nós humanos. A sua presença só é possível devido à existência de anfíbios, suas presas. Este acontecimento é para mim a cereja no topo do bolo, sinal de êxito deste meu empreendimento.
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Pintassilgos, verdilhões, pardais, arvéolas, … No meu charco matam a sede várias aves da minha região. É um corre-corre, ou melhor dizendo, um voa-voa, nos quentes dias de verão.
Pintassilgos, verdilhões, pardais, arvéolas, … No meu charco matam a sede várias aves da minha região. É um corre-corre, ou melhor dizendo, um voa-voa, nos quentes dias de verão.
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Quanto a mamíferos, os morcegos ao crepúsculo fazem voos rasantes no meu charco, certamente à cata de insetos. Frequentemente vejo por lá beber o meu gato. Embora contra a minha vontade, ocasionalmente o cão da minha vizinha no meu charco toma o seu banho.
Quanto a mamíferos, os morcegos ao crepúsculo fazem voos rasantes no meu charco, certamente à cata de insetos. Frequentemente vejo por lá beber o meu gato. Embora contra a minha vontade, ocasionalmente o cão da minha vizinha no meu charco toma o seu banho.
Rafael Carvalho / jun2012
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Recomendo uma visita ao sitio http://www.charcoscomvida.org/, projeto a que aderi.
Para saber mais sobre flora aquática ribeirinha, clique aqui.
Se tiver curiosidade, para sentir o prazer de ver e ouvir uma rã-verde a coaxar, clique aqui.
Para saber mais sobre flora aquática ribeirinha, clique aqui.
Se tiver curiosidade, para sentir o prazer de ver e ouvir uma rã-verde a coaxar, clique aqui.
Excelente Post! Eu por acaso também tenho o sonho de ter um lago/charco no meu jardim, mas sei o trabalho que dá e como não vivo permanentemente no sitio onde tenho o jardim, torna-se ainda mais difícil, pode ser que um dia...
ResponderEliminarMas pronto, queria dar os parabéns pelo seu! Sei o quão difícil é manter o equilíbrio de um lago, e se o seu já está assim colonizado por tanta vida só pode ser um bom sinal! Abraço.
James,
ResponderEliminaré mais fácil construir/manter um charco, do que parece!
O charco alimenta-se a ele próprio.
Ao nível da manutenção, só existe uma obrigatoriedade: no verão semanalmente/quinzenalmente controlar o nível da água. No verão gasto aproximadamente 1 m3 de água por semana. Quem estiver ausente, sempre pode recorrer a um relógio como os que se usam na rega dos relvados.
Relativamente à forma como construí o meu charco, brevemente darei mais notícias.
Cumprimentos.
Bem, acho que também já estou a ficar com o bichinho do charco! Quanto a essa manutenção da água, o ideal seria, por exemplo, utilizar água armazenada no inverno da chuva conduzida da cobertura da sua casa, não? Ou utiliza mesmo água da torneira por alguma razão especial?
ResponderEliminarObrigado,
Cumprimentos
Quero dar-lhe os parabens pelo seu charco. Contudo, por muitos elogios que receba, eu tenho a certeza que a maior satisfação lhe advem da sensação de ter criado um novo ecossistema e de o ver crescer e desenvolver-se. Cada novo animal é uma satisfação indizivel e a cada dia renovada.
ResponderEliminarCumprimentos
Rúben,
ResponderEliminarquando construí a minha casa (tem apenas quatro anos), pensei instalar um sistema de aproveitamento de águas pluviais. O sistema só tem interesse se armazenar grandes volumes. Na altura o mais barato que encontrei foi um depósito usado de 14 m3, por 2500€ (no lago gasto 1m3/semana). Necessitava ainda que alguém me instalasse o depósito. Ora 2500€ permite na minha zona comprar 2.500 m3 de água da rede pública!
Agora que tanto se fala de sustentabilidade, armazenar a água da chuva é uma ideia excecional. É porém uma ideia ainda muito cara.
Cumprimentos.
Fernanda,
ResponderEliminaracertou em cheio!
Grande prazer o meu de partilhar o meu jardim com a restante bicharada...
Cumprimentos.