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Apresento-vos hoje as dedaleiras do meu jardim.
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A primeira imagem refere-se à Digitalis purpurea, normalmente presente em matos e relvados húmidos, sendo também ruderal. Para meu expanto no meu jardim encavalitou-se num dos muros de xisto.
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Quanto à segunda imagem, reporta-se à abeloura-amarelada. Tenho dúvidas contudo relativamente à identificação da espécie. Poderá tratar-se da Digitalis thapsi, um endemismo ibérico ou, com um pouco mais de sorte, da Digitalis amandiana, um endemismo duriense, circunscrevendo-se no mundo apenas à região do Douro, onde habito. Ambas são rupícolas, habitando locais rochosos, mais soalheiros no caso no caso da Digitalis thapsi.
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Sendo natural de Aveiro, onde as únicas rochas que me habituei a ver eram as da calçada, durante muito tempo só tive consciência da existência da dedaleira Digitalis purpurea. Uma vez no Douro, perante a abeloura-amarelada presente em locais rochosos, pensava inicialmente estar diante da mesma dedaleira. Castigada pelas condições ambientais, teria apenas um aspeto mais amarelado. Enganei-me!
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A primeira imagem refere-se à Digitalis purpurea, normalmente presente em matos e relvados húmidos, sendo também ruderal. Para meu expanto no meu jardim encavalitou-se num dos muros de xisto.
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Quanto à segunda imagem, reporta-se à abeloura-amarelada. Tenho dúvidas contudo relativamente à identificação da espécie. Poderá tratar-se da Digitalis thapsi, um endemismo ibérico ou, com um pouco mais de sorte, da Digitalis amandiana, um endemismo duriense, circunscrevendo-se no mundo apenas à região do Douro, onde habito. Ambas são rupícolas, habitando locais rochosos, mais soalheiros no caso no caso da Digitalis thapsi.
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Sendo natural de Aveiro, onde as únicas rochas que me habituei a ver eram as da calçada, durante muito tempo só tive consciência da existência da dedaleira Digitalis purpurea. Uma vez no Douro, perante a abeloura-amarelada presente em locais rochosos, pensava inicialmente estar diante da mesma dedaleira. Castigada pelas condições ambientais, teria apenas um aspeto mais amarelado. Enganei-me!
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Cruzando os dados do Flora On com os dados da Flora Digital, verificamos existirem em Portugal pelo menos quatro espécies de dedaleiras. Com flores entre o branco e o amarelo, apenas não aludi neste texto à Digitalis Mariana.
Rafael Carvalho / jul2012
Rafael, na minha zona existe bastantes Digitalis espontâneas...será fácil de encontrar em especial na Serra de Montejunto, mas por aqui normalmente não as encontro nas rochas mas antes nos matos e florestas. Em especial em zona húmidas perto de linhas de agua. Tb queria plantar no meu jardim, mas dada a elevada toxicidade da planta desisti, especialmente porque temos animais e os cães adoram escavar tudo. Na verdade comprei semente e tudo, trouxeram-me da Alemanha um cultivar famoso, mas depois das plantas estarem crescidas arrependi-me de as plantar. Agora tenho uma serie delas à procura de um novo dono, espero que as aceitem no jardim botânico, tou a aguardar uma resposta deles. De qualquer forma as suas ficam muito bem a crescerem no meio do muro, mto interessante!
ResponderEliminarJames,
ResponderEliminara primeira imagem referente à Digitalis purpurea é efetivamente atípica. Não é comum vê-la no meio da rocha.
Cumprimentos.
James, a D. purpurea não é de facto típica de Aveiro e a da imagem não é uma purpurea típica,a não ser no aspeto geral da inflorescência.
ResponderEliminarQuanto à segunda, tem mais aspeto de D. (p.) amandiana do que de D. thapsi. Mas habitua-te à ideia de que os intermédios são tão ou muito mais comuns que os típicos em (sub)espécies (por vezes com vários 'sub') próximas. Aliás, o típico às vezes nem é fácil de encontrar. A segunda foto parece ter algo de D. thapsi (flor) e mais ainda de D. (p.) amandiana (caule, folhas). Por ex. entre Almeida e Foz Côa vêem-se muitas intermédias como essa, e p.e.x na zona de Baião vêe-se sobretudos intermédias entre D. purpura e D. (p.) thapsi. Além que as thapsi de uma zona não são iguais às de outra zona, porque evidentemente há subespécies e sub sub e subsubsub etc.
Rafael, cresci com as dedaleiras e vejo diariamente ovelhas a pastar em campos cheias delas; temos de ser nós a limitá-las, pois infestam todo o terreno já que as ovelhas não lhes tocam nem se metem no meio delas a não ser quando estão já secas e em agosto até tasquinham algum bocadito da folha de um verbasco ou de uma dedaleira.
(no meu comentário, vejo que troquei os nomes das pessoas a quem me queria dirigir.)
ResponderEliminarExcelente comentário!
EliminarExcelente comentário!
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