sexta-feira, 17 de abril de 2015

Giesta Branca – neve em abril…



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Quando abril chega, a minha giesta-branca (Cytisus multiflorus) explode de cor. Cândida, a sua floração antecede a das maias (Cytisus striatus), de flor amarela. Aqui no Douro, uma e outra convivem lado a lado. As suas enérgicas florações não deixam indiferente quem passa.
Num espaço de apenas algumas semanas passam os montes de branco a amarelo, uma magnífica transmutação.
Quanto às minhas maias, quando chegar a altura darei notícias.
Rafael Carvalho / abril de 2015

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Renascido das cinzas…

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O inverno já lá vai. A primavera desponta…

O meu jardim renasce das cinzas.

O tojo (Ulex europaeus) foi das primeiras plantas a florir. Gosto do tom amarelo-queimado com que me pinta o canteiro.
Rafael Carvalho / abr2014

terça-feira, 24 de março de 2015

Prímulas…

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Recordam-me as prímulas que estamos no início da primavera.


No meu post anterior, aludia ao lançamento de um guia de identificação de ervas silvestres comestíveis. Ora com frequência vou deitando o dente a várias das nossas plantas espontâneas – a prímula está entre elas.

Prímula, calêndula, borragem, alho silvestre, violeta, … agradam-me as saladas ornamentadas com flores. Tenho a sorte de as ter à mão no meu jardim.
Rafael Carvalho / mar2015

quinta-feira, 19 de março de 2015

Lançamento do Guia prático das Ervas Silvestres Comestíveis


(clique na imagem para ampliar)
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O lançamento oficial será no dia 29 de Março, pelas 18h, na livraria Ler Devagar (Lx Factory - Lisboa) e a partir dessa data o livro estará disponível na loja online da Quercus http://loja.quercus.pt/ e noutros locais ainda a confirmar. O preço ao público será de 10€.

"Na sabedoria popular consta uma longa lista de espécies de plantas silvestres usadas para fins alimentares, quer em substituição ou complemento das plantas hortícolas quer como condimento, e para fins medicinais.
Os usos condimentares e medicinais encontram-se melhor documentados, mas o mesmo não se verifica no caso das ervas espontâneas directamente comestíveis pelas suas folhas, flores, talos ou rebentos.
Este livro é um contributo para colmatar a lacuna existente e dirige-se especialmente a quem busca uma alimentação mais natural, ajudando na identificação das ervas silvestres comestíveis e dando várias sugestões de propostas gastronómicas.
As ilustrações artísticas de Isabel Alegria exploram o lado estético destas ervas consideradas como daninhas, revelando a sua beleza e constituindo mais um contributo para mudar o nosso olhar sobre toda a Natureza que nos rodeia.
As ervas silvestres comestíveis são um recurso generoso da Natureza com inúmeras potencialidades e há muito por explorar!"

segunda-feira, 9 de março de 2015

segunda-feira, 2 de março de 2015

A Primavera está a chegar...

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A Primavera está a chegar. Prenuncio disso mesmo, é a chegada das poupas ao meu jardim.
Rafael Carvalho / mar2015

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Loendro - o arbusto das autoestradas


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Nascido e criado em Aveiro, a uma escassa dezena de quilómetros da A1, durante muitos anos o loendro para mim não passou do arbusto das autoestradas.

Esta planta ornamenta a faixa central da dita artéria, talvez o maior jardim do país! Sem qualquer mimo e com muita poluição à mistura, sem qualquer rega para além daquela que o céu providencia, é vê-lo florir.

Já era rapaz graúdo quando me apercebi tratar-se de um arbusto autóctone. Mais tarde, numa incursão ao sul, verifiquei ser aí frequente, marginando cursos de água no Alentejo e Algarve, onde por vezes é a espécie dominante. No sul também é conhecido por cevadilha ou loureiro-rosa.

Pertencente a uma família botânica distinta, no Norte do país, na região do Caramulo, também por Loendro é conhecida a espécie Rhododendron ponticum, o que muitas vezes causa alguma confusão.

Agora que possuo um jardim, o loendro não poderia faltar. Acontece que todos os pés de loendro que possuo se encontram à sombra - comprovei uma vez mais a versatilidade desta planta que vegeta bem independentemente da exposição solar. As imagens fazem prova disso mesmo.

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Nome vulgar: adelfa; cevadilha; espirradeira; loendro, loureiro-rosa
Família botânica: Apocynaceae.
Nome científico: Nerium oleander.
Distribuição Geral: Região Mediterrânica.
Distribuição em Portugal: Sul do território nacional.
Habitat: ripícola, sobrevivendo mesmo em leitos cascalhentos de cursos de água de regime torrencial.
Floração: de maio a setembro.
Características:
Arbusto multicaule perenifólio ou pequena árvore, de copa arredondada, que pode atingir 4 ou 5 metros de altura. Possui folhas coriáceas, lanceolado-lineares, sem pelos, verde-escuro na página superior e verde-claro na página inferior. As flores possuem corolas grandes, cor-de-rosa, às vezes brancas, reunidas em corimbos terminais. O fruto é um folículo.
Muito ornamental e pouco exigente, indiferente ao tipo de solo fica bem em qualquer jardim. Tolera a seca, o frio e os locais expostos, não sendo afetado pelos ventos marítimos. Existem muitos cultivares, com flores de cores diversas (rosa, branco, vermelho, creme, escarlate, salmão, amarelo, alaranjado …),com pétalas simples ou debruadas. É há muito usado em jardinagem. A planta é muito tóxica. Propaga-se facilmente por semente ou recorrendo a estacas enraizadas em água.
Rafael Carvalho / fev2015